quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Marketing de relacionamento

É pura emoção. Com uma ideia simples e envolvente, a TAP Air Portugal realizou, com o apoio da Infraero, uma homenagem ao Rio de Janeiro em pleno saguão do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, no dia 20 de janeiro, data comemorativa do padroeiro da cidade maravilhosa, São Sebastião.

Vale a pena conferir o filme no YouTube:

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Relações Públicas e a Ditadura Militar

Há duas semanas assisti ao documentário Cidadão Boilensen, que retrata a vida e a morte de Henning Albert Boilensen, empresário dinamarquês natularizado brasileiro, ex- presidente da Ultragaz e acusado de ter colaborado com o regime militar,liderando um movimento junto à classe empresarial paulista para levantamento de fundos para a criação e a manutenção da Operação OBAN, de repressão militar. O filme, dirigido por Chaim Litewski, ganhou o prêmio de melhor filme exibido no Festival Internacional de Documentários "É tudo verdade" de 2009.

O filme é imperdível para quem deseja resgatar a história recente do nosso País. Entre depoimentos, reportagens antigas de Amaral Neto, outras entrevistas e reportagens da época, fica-se sabendo que Boilensen foi agraciado com o prêmio "Homem de Relações Públicas de 1964".Fiquei curiosa e fui pesquisar qual instituição teria feito tal homenagem.

Descobri que o Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas, e seus congêneres regionais, foi criado pelo decreto-lei nº860, de 11/09/69, cinco anos depois da premiação. Já no site da Associação Brasileira de Relações Públicas, criada em 21 de julho de 1954, não há nenhuma menção ao prêmio em referência. Quem ou qual instituição ofereceu tal título ao "Cidadão Boilensen"?

Boilense era um empresário de muita visibilidade na década de 60. Ele atuou na diretoria da Fiesp e foi o criador do CIEE - Centro de Integração Empresa Escola, que visa ao treinamento e ao aperfeiçoamento da mão de obra profissional, principalmente na área industrial. Não consta, entretanto, que seja um profissional de RP.

A profissão de Relações Públicas, apesar de regulamentada no Brasil desde 1967, ainda é mal entendida pela sociedade. O termo "Relações Públicas" é percebido com outro significado, quase um atributo para pessoas sociáveis, bem relacionadas, simpáticas. Trata-se de um grande equívoco e que merece ser esclarecido sempre que houver oportunidade. A profissão de Relações Públicas, assim como a de Jornalista e a de Publicitário faz parte do curso de Comunicação Social. Trata-se de uma profissão respeitada e que possui um severo código de ética.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Como multiplicar os valores da sustentabilidade

O texto abaixo, de autoria de Leonardo Boff, foi publicado hoje, no Blog do Noblat.
Vale a leitura e a reflexão: como nós, comunicadores podemos multiplar os valores da sustentabilidade nas empresas - ou o capital espiritual, como diz Boff e contribuir para um mundo mais justo e melhor?


O legado profético de Zilda Arns

Já se fizeram todos os elogios devidos à médica brasileira, Zilda Arns, irmã do Cardeal dos direitos humanos, Paulo Evaristo Arns, que sucumbiu sob as ruinas do terremoto no Haiti.

Talvez a opinião pública mundial não se tenha dado conta da importância desta mulher que em 2006 foi apontada como candidata ao prêmio Nobel da Paz. E bem que o merecia, pois dedicou toda sua vida à saúde das pessoas mais vulneráveis.

Por 25 anos coordenou a Pastoral da Criança acompanhando mais um milhão e 800 mil menores de cinco anos e mais de um milhão e 400 famílias pobres.

A partir de 2004 iniciou a Pastoral da Pessoa Idosa com mais de cem mil idosos envolvidos. Com meios simples como o soro caseiro, o alimento à base da multimistura e outros recursos mínimos, salvou milhares de crianças que antes fatalmente morriam.

Seria longo historiar seu extraordinário trabalho difundido já em mais de 20 paises pobres do mundo. O que pretendo é enfatizar os valores do capital espiritual que sustentaram a sua prática. Nisso ela ia contra o sistema dominante e serve de inspiração para hoje.

É convicção crescente que não sairemos da crise de civilização atual se continuarmos com os mesmos hábitos e os mesmos valores consumistas e individualistas que temos. Ela mostrou como pode ser diferente e melhor.

A Dr. Zilda honrou o cristianismo, vivendo uma mística de amor à humanidade sofredora, de esperança de que sempre se pode fazer alguma coisa para salvar vidas, de fé na força dos fracos que se organizam e na escuta de todos até das crianças que ainda não falam.

Ela tinha clara consciência de que a solução vem de baixo, da sociedade que se mobiliza, sem com isso dispensar o que o Estado deve fazer. Problemas sociais se resolvem a partir da sociedade. Para isso, ela suscitou a sensibilidade humanitária que se esconde em cada pessoa e inaugurou a política da boa vontade.

Mais de 250 mil voluntários, sem nenhum ônus financeiro, se propuseram assumir os trabalhos junto com ela.

Uma idéia-geradora movia sua ação, copiada da prática de Jesus: multiplicar. Não apenas pães e peixes como Ele fez mas, nas condições de hoje, multiplicar o saber, a solidariedade e os esforços.

Multiplicar o saber implica repassar às pessoas simples os rudimentos de higiene, o cuidado pela água, a medição do peso e a alimentação adequada às crianças. Esse saber reforça a auto-estima das pessoas e confere autonomia à sociedade civil.

Multiplicar a solidariedade que, para ser universal, deve partir dos últimos, buscando atingir as pessoas que vivem nos rincões onde ninguém vai, tentar salvar a criança mais desnutrida e quase agonizante. Essa solidariedade é a que menos existe no mundo atual.

Multiplicar esforços, envolvendo as políticas públicas, as ONGs, os grupos de base, as empresas em sua responsabilidade social, enfim, todos os que colocam a vida e o amor acima do lucro e da vantagem. Mas antes de tudo multiplicar a boa-vontade generosa.

Ora, são estes conteúdos do capital espiritual que devem estar na base da nova sociedade mundial que importa gestar. O século XXI será o século do cuidado pela vida e pela Terra ou será o século de nossa auto-destruição. Até agora globalizamos a economia e as comunicações.

Temos que globalizar a consciência planetária e multiplicar o saber útil à vida, a solidariedade universal, os esforços que visam construir aquilo que ainda não foi ensaiado. Amor e solidariedade não entram nas estatísticas nem nos cálculos econômicos
Mas são eles que mais buscamos e que nos podem salvar.

A médica Zilda Arns seguramente sem o saber, mas profeticamente, nos mostrou em miniatura que esse mundo não é só possível, mas é realizável já agora.

Texto de Leonardo Boff. publicado hoje no Blog do Noblat
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Comunicação integrada

Declaração publicada na rede de conhecimento Nós da Comunicação, sobre as perspectivas para 2010: como deverá ser feita a comunicação integrada?

Gestores de comunicação com visão sistêmica

“Se há uma década já apontávamos a necessidade da comunicação integrada tornar-se uma prática entre os profissionais de comunicação corporativa, o que dizer agora, dez anos depois, no momento em que vivemos o crescimento exponencial das redes sociais e a impossibilidade do controle da informação? Penso que as empresas que saíram na frente implementando um sistema de gestão da comunicação integrada estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios da nova década: ouvir e dialogar com seus stakeholders por meio de uma comunicação sustentável, sem a arrogância do mundo corporativo. A transparência desse relacionamento – a honestidade, a simplicidade e a rapidez com que a empresa se comunicará – será cada vez mais exigida ou julgada por seus stakeholders. Administrar a comunicação empresarial tornou-se uma atividade estratégica. Os gestores de comunicação precisarão ter visão sistêmica, com formação de equipes transdisciplinares, para poder dar respostas simples à complexidade dos múltiplos relacionamentos nas diversas dimensões em que a empresa atua".

Cristina Mello é jornalista e consultora empresarial.

Reportagem completa no endereço: http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=290&tipo=R

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Imperdível - Propaganda de Cigarro. Como a indústria do fumo enganou as pessoas


Fica em exposição até o dia 26 de janeiro, na Caixa Cultural, no Centro do Rio de Janeiro, a mostra de propaganda - anúncios, filmes e cartazes utilizados pela indústria do fumo americana no século passado, entre as décadas de 1920 a 1950. O trabalho apresentado é fruto da pesquisa e da organização de um grupo de estudantes e acadêmicos da Univesidade de Stanford, nos Estados Unidos.

A exposição mostra como a comunicação era manipulada pela indústria do fumo para convencer as pessoas de que fumar não fazia mal à saúde. Para issso, não foram poupados depoimentos de médicos, de artistas, de atletas e até imagens de bebês orgulhosos de verem suas mães fumando. Baseada em pesquisas sem nenhuma metodologia científica, a propaganda apresentava resultados com números positivos para demonstrar que o hábito de fumar era bom para a saúde.

Traduzi, abaixo, alguns dos slogans apresentados:

Camel

" Para uma boa digestão, fume Camel".

"Médicos fumam Camel, o preferido de todas as marcas".

Embassy

" Inale, a satisfação do seu coração".

L&M

"Somnete o que o médico mandar".

Lucky Strike

"11.105 médicos afirmam que Lucky Strike não deixa a garganta irritada".

"Eu portejo a minha voz com Luckies".

"Pegue um Lucky em vez de um doce". (campanha para não engordar)

Marlboro

Hei, mãe, você realmente se delicia com os seus Marlboros". ( com a foto grande de um bebê).

Todo a exposição com propaganda e slogans de marcas de cigarro pode ser vista pelo site:
http://lane.stanford.edu/tobacco/index.html

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Transformação social se faz com inovação e comunicação

" A fala é a maior de todas as invenções".Geoffrey Blainey autor do livro 'Uma breve história do mundo'.

Nas duas primeiras partes do livro "Uma breve história do mundo", Geoffrey Blainey aborda a transformação da humanidade, desde o nosso passado mais distante, há cerca de 2 milhões de anos até meados de 1500.

"A técnica da impressão sobre papel foi uma revolução social"

Blainey acarreta grande parte do sucesso da Reforma Protestante, liderada por Martino Lutero, na Alemanha, em 1517, à invenção da imprensa - ou da tipografia, por Gutemberg, em 1480. Lutero prostetava - daí o nome protestante, contra a prática da venda de indulgências usada pela Igreja Católica. Ao explicar a importância do papel da imprensa na divulgação e fortalecimento do protestantismo, o autor escreveu:

"A Bíblia era um livro precioso escrito à mão, tão escasso que em algumas igrejas a única cópia era acorrentada à mesa de leitura. Pela primeira vez na cristandade, os evangelhos se toranariam acessívies a um preço que uma igreja de um vilarejo ou um mercador moderamente rico pudesse comprar. Um panfleto contendo um simples sermão podia, agora, através da poderosa imprensa, chegar a mais pessoas como nunca antes um sermão havia conseguido".
"Martino Lutero via na tipografia um presente de Deus para seu trabalho. Escrevia panfletos religiosos e os entregava aos tipógrafos, junto com seus últimos sermões. Começou a traduzir a Bíblia para o alemão, completando-a em prosa simples e forte, em 1534".

Gutemberg e a internet

Durante o evento presencial do Ciclo Comunicar tecnologia promovido pela Rede de Conhecimento Nós da Comunicação, em outubro de 2009, o jornalista e professor Carlos Nepomuceno também falou sobre o poder transformador da imprensa na época de Lutero, comparando-a à internet e às redes sociais atuais. A cobertura da palestra do Prof. Nepomuceno pode ser lida no endereço: http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=254&tipo=R

Nepomuceno também tem um blog que pode ser acessado pelo endereço:
http://nepo.com.br/